4 // ENADE 2008
Retiraremos do discurso em que, a 15 de março de 1844, Lord Ashley apresentou a sua moção sobre a
jornada de 10 horas à Câmara dos Comuns alguns dados que não foram refutados pelos industriais
sobre a idade dos operários e a proporção de homens e mulheres. [...] Sobretudo o trabalho das
mulheres desagrega completamente a família; porque, quando a mulher passa cotidianamente 12 ou
13 horas na fábrica e o homem também trabalha aí ou em outro emprego, o que acontece às crianças?
Crescem, entregues a si próprias como a erva daninha, entregam-nas para serem guardadas fora [..], e
podemos imaginar como são tratadas. É por essa razão que se multiplicam de uma maneira
alarmante, nos distritos industriais, os acidentes de que as crianças são vítimas por falta de vigilância.
[...] As mulheres voltam à fábrica muitas vezes três ou quatro dias após o parto, deixando, bem
entendido, o recém-nascido em casa. [...].
Os dados apresentados por Engels no texto escrito em 1845 referem-se a alguns dos efeitos da
Revolução Industrial na Inglaterra. Com base nessas informações, conclui-se que, ao longo do século
XIX, a incorporação da mulher ao mercado de trabalho:
( X )Resultou, principalmente, da necessidade de complementar a renda familiar, diante do crescente
custo de vida na cidade industrial.
( )Contribuiu para o aumento da criminalidade, devido ao surgimento de gerações de crianças
criadas por terceiros e carentes de cuidados maternos.
( )Favoreceu a emancipação feminina, garantindo o acesso a serviços profissionais de educação
infantil
( )Causou um aumento sensível nos índices de mortalidade infantil, como consequência da
irresponsabilidade das mães operárias.
( )Produziu o aumento de separações, pois as mulheres passaram a assumir o papel de chefes de
família, antes restrito aos homens.
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